O Equilíbrio
Se te pedissem para ires do ponto A ao ponto B em cima de uma barra, a sete ou oito metros do chão e, a meio do caminho, te tirassem a rede?
Este é o paralelismo mais tenebroso para falar de zona de conforto.
Avançamos em segurança, ainda que com algum receio pela queda, mas, sabendo de antemão, que em caso de desequilíbrio, temos uma proteção que nos impede de sentir, provavelmente, o ultimo impacto da nossa aventura.
A certo ponto identificamo-nos mais com a rede do que propriamente com a barra em que caminhamos, pois, o fator mais importante é a nossa segurança e o que a determina, a rede.
Preocupamo-nos com a resistência da rede, com o fato de ela cumprir o seu papel, deixando para segundo plano a importância que a barra tem no nosso caminho. Afinal de contas, o que importa é a rede!
Continuas a caminhar e sentes um desequilíbrio. Deixas de olhar para os pés e para a rede e olhas para a frente, compensas com as mãos, tentando ganhar novamente o centro de equilíbrio. Tudo fica bem. A rede continua lá, afinal, o que importa é a rede!
Estás a meio do caminho, confiante e seguro de que mesmo que não consigas chegar ao outro lado em cima da barra, poderás faze-lo arrastando-te pela rede.
A certa altura, a rede solta-se de um dos pilares e cai!
É aí que tudo muda. Voltar para trás é pior do que seguir em frente, pois estás a meio caminho, de costas para o trajeto que já fizeste.
Tens de mudar para seguir em frente. Começas por deixar de olhar para o chão, pois onde estava aquela sensação de conforto e segurança, causa agora medo, arrepios e paralisa.
Sabes que essa rede que te mantinha em segurança gera-te uma falsa sensação de conforto?
Vou-te dizer isto abertamente: é aqui que começa o teu desenvolvimento pessoal, quando sais da tua zona de conforto!
Lembras-te? O que importava era a rede! Agora, o que importa és tu, o teu equilíbrio, dependes unicamente de ti.
Queres chegar do ponto A ao ponto B, em segurança. Neste caso vou-te falar do que é o coaching e de como ele te pode ajudar.
Coaching era a palavra utilizada na idade média para descrever a pessoa que conduzia carruagens (coches), conduzindo as pessoas ao destino que desejavam.
O papel de um coach é de facilitar, orientar, através de ferramentas especificas e de um método, a encontrar motivação para atingir um objetivo.
Mais do que isso, permite conhecermo-nos e encontrar a nossa melhor versão, desenvolver capacidades, autocontrolo e inteligência emocional, aumento da autoestima, realização pessoal e profissional.
Temos experiências no passado que não foram bem-sucedidas e com isso, transportamos para o futuro o significado de que as coisas não vão correr bem.
Essa crença limita-nos, impede-nos de agir com o medo de falhar novamente e com isso, lidar com as emoções que essa experiência traz consigo.
É quando a rede desaparece que tens de trabalhar, de uma forma consciente, a tua missão. Sabes qual é a tua missão?
A partir do momento que a consegues descobrir, tudo se altera na tua vida.
A tua identidade que te levará à missão.
As tuas crenças e convicções, que passam de limitadoras a facilitadoras.
As tuas capacidades, do como é que vais fazer.
Comportamentos, do que farás para chegar a essa nova identidade, essa nova missão.
Do teu ambiente externo, das pessoas que estarão ao teu lado e também das que já não têm espaço.
O coach não te vai trazer a rede de volta, vai-te ajudar a fazer essa travessia com segurança e confiança, fazendo-te olhar para a frente, para o teu presente e futuro, de uma forma sustentada.