Luta Silenciosa
Muitas vezes lutas contra algo que nem sabes bem o quê, lutas com o exterior, lutas por uma vontade que não queres ter, lutas por algo que não queres ver e que se torna cada vez mais visível.
Lutas contra vontades, lutas pela verdade, quando, muitas vezes, não sabes o tamanho da verdadeira mentira que te incutiram. Lutas, na maioria das vezes, contra o teu equilíbrio, a tua essência e quando assim é, lutas contra ti. Lembro-te, que na maioria das vezes, esta luta é totalmente inconsciente.
Esta luta é esgotante, em determinada altura é uma luta sem vencedor, pois és tu o centro dessa luta, contra ti própria. És tu que a alimentas, que a validas, uma luta que só te irá atrair problemas, barreiras, limitações, frustrações, negativismo, melancolia, que só te fará afundar em vez de aprofundar. É fácil recorrer à compensação imediata para te desviar dessa luta, para te fazer esquecer que essa luta está lá. Difícil, é perceber porque é que essa luta permanece, porque é que ela existe, porque é que entrou na tua vida sem pedir autorização.
Essa luta deriva em dor, uma dor intensa, quase permanente, silenciosa, solitária, só tua. Mesmo quando tens ao teu lado pessoas fantásticas, que te compreendem, te ajudam. Neste momento ela é silenciosa, tão silenciosa que nem tua a ouves, apenas a sentes. Esta luta assume a forma de tensão, uma luta fria, de erro, sem tentativa.
Essa luta tem um nome, ENCONTRO. O teu encontro, a tua observação de ti mesma, a tua evolução interna. É altura de a encarares de frente, é altura de não a alimentares mais. É altura de entenderes que significado tem essa luta no caminho que finalmente queres seguir. Por norma, é sempre um caminho de evolução, felicidade, prosperidade, de verdade, mesmo que não o consigas entender neste determinado momento.
Seja qual for o caminho que querias percorrer, deixa de lado as tuas crenças, aquilo que os outros possam pensar, aquilo que os outros possam julgar. Não são os outros que comandam a tua vida, não são os outros que vão ser felizes por ti, não são os outros, o resto da tua vida.
Tenta perceber que a energia que transportas contigo poderá estar a ser canalizada para aquilo que não te faz crescer e, quando a queres usar a teu favor, ela já é mínima.
Certamente há coisas que não gostas em ti, é normal, eu também tenho aspetos que não gosto tanto em mim, mas, é perceber esses aspetos, olhar para eles sem fugir que te irão levar ao teu desenvolvimento pessoal.
SER aquilo que és vai-te permitir olhar para esses aspetos sem julgamento, mas como uma forma de aprendizagem para os superar. FAZER, alinhando os teus objetivos com o teu verdadeiro propósito de vida. Só assim, poderás TER aquele equilíbrio interior que te falta e te permitirá viveres olhando mais para dentro, do que para fora.
Não deixes de tentar compreender o que é que esse discurso interno te está a querer dizer, não deixes de ouvir esse teu silêncio, pois, esse silêncio, quando não é ouvido torna-se numa luta silenciosa sem vencedor, apenas com vencidos. Perdes tu, perdem todos!