Fullmind Coaching

As Três Metades do Ser

No final deste texto vais conseguir responder a esta equação – 1 = 1+(1+1/2)+1.

Já te deves ter perguntado porque é que as coisas contigo não correm certo. Eu fiz essa mesma questão durante muito tempo. Até que, reformulei a pergunta. Foi aí que me surgiu este conceito. As Três Metades do Ser.
A criança dentro de nós nunca desaparece, por mais que a tentemos anular, ela está cá para nos ensinar que as coisas mais simples são também as mais valiosas.
No entanto, quando o que está fora começa a ter impacto dentro de nós, começamos a desenvolver três pessoas, as três metades do nosso Ser.

Hoje, vou-te falar das três pessoas que vivem dentro de nós!
É mais importante aquilo que mostramos ser do que aquilo que realmente somos.
Inconscientemente, agimos para mostrar para fora de forma a que a aceitação e o respeito sejam sentidos interiormente como forma de nos sentirmos integrados. Essa pessoa raramente está contente, assume verdades e valores de ausência.
Essas verdades e ausências são perceções que temos de nós mesmos. Estão escondidas no nosso interior e por isso, procuramos fora, levando-nos a assumir uma postura que seja aceite pelos outros.
Objetivos nossos por cumprir, cumprindo metas de outros, faz com que não depositemos toda a nossa energia, força, foco nessa meta, mas, como a assumimos como nossa, acaba por se transformar numa desilusão pessoal.
Quantas vezes já assumiste como teus, objetivos dos outros?

Três metades do ser e a pessoa que queremos que vejam

Esta é aquela pessoa que gostaríamos que os outros vissem, aquela que nos afasta da criança.
Como temos de viver connosco, todos os dias, essa é uma verdade objetiva, mentalizamo-nos que tem de ser assim, que não há outra forma de estar, não há outra postura a adotar.
Nesta pessoa, é constante existir um crítico interno que, insatisfeito com os resultados, nos recrimina, faz ter receios, falta de confiança, medo de não ser aceite ou suficientemente bom.
Assim, construímos uma imagem de nós que tem dois lados, um lado positivo e outro negativo, em que ambos se anulam de tão intensos que são.

A parte positiva faz-nos construir uma imagem bem-sucedida de nós mesmos. Aceitamos o que fazemos, pensamos, dizemos e sentimos, transmitindo-nos ânimo e orgulho, ainda que temporário. Faz-nos sentir processos físicos internos de enorme bem-estar. A negativa, faz exatamente o contrário, de uma forma destrutiva.
No entanto, há uma boa noticia, ambas têm exatamente a mesma intenção, o mesmo propósito. Ajuda-nos a sentir o que a criança sentia, agir com a certeza com que a criança agia. É estranho, não é?

Mas é assim que funciona a nossa mente, para o mesmo objetivo, define duas estratégias, uma que formula pela positiva e outra pela negativa.

Quando estamos mais vulneráveis, com falta de autoestima, falta de autoconfiança, com uma autoimagem distorcida. Assim como quando um episódio da nossa vida teve mais impacto do que deveria ter tido, por norma, a negativa tem mais expressão, tornando tudo mais doloroso.
Esta pessoa é aquela pessoa que gostaríamos de ser.
Há uma força dentro de nós que nos leva a perceber e entender as diversas mudanças na nossa vida, criando novas situações, mudando o rumo quando necessário sem perder a motivação e a energia para isso.

Acrescenta sempre algo de novo, ajuda a pensar e a decidir, questionando-nos se estamos no caminho certo e se esse caminho é gerador de felicidade, não se focando exclusivamente no objetivo.
É uma força que perante os desafios mais difíceis nos aponta uma solução equilibrada, que nos traz tranquilidade e paz interior.
Ajuda-nos a libertar o que tem de partir, a correr atrás daquilo que sentimos que nos faz crescer. Aqui é o sentir, a intuição e não a lógica, aqui, a intuição leva invariavelmente à razão.
Vives saudavelmente para ti. Só assim percebes que esta sintonia entre o que sentes, o que pensas, o que fazes e o que tens é o que te dá uma força indestrutível perante o mundo. Aqui tu és um todo e esse todo centra-se em ti, como pessoa individual.
Aqui, esta força só tem um propósito, dar sentido à vida!
É a criança que habita em nós que se expressa pela sua alegria contagiante, pela inocência madura das escolhas simples.

Da felicidade única, confortável, confiante, do amor que sentimos por nós e que nos leva a assumir riscos através do compromisso. Sem receio de errar, sem receio de alterar a estratégia, mas mantendo o objetivo se tiver de o manter.

A criança que encara os erros não como uma falha, mas como um retorno para poder fazer mais e melhor.
Esta pessoa reformula a pergunta inicial de “Porque é que as coisas comigo não correm certo?” para “De que forma estou eu a contribuir para esta situação?”.
Ela sabe que a reformulação da pergunta muda completamente a perspetiva e logo, o resultado!
Esta é a pessoa que verdadeiramente somos, o Eu Espiritual!
Esta é aquela pessoa da qual nos afastamos. Mais cedo ou mais tarde, somos “forçados” a procurar, pois as outras duas atuam na superficialidade, no julgamento, na critica, na comparação, na identificação do que não somos para nos integrar.

O que necessitas para que essa pessoa possa viver de uma forma espontânea dentro de ti? Fazendo-te evoluir sem condicionalismos externos? Precisas de ser entendida como uma pessoa individual. Só depois entendes o todo que te permite posicionar perante cada situação de uma forma neutra. Ouves o teu interior e ages conforme os teus valores, nunca o dos outros!
É isso que faz um processo de transformação pessoal, extrai o melhor de ti. De uma forma consciente para que um dia mais tarde possas resgatar todas as ferramentas que tens dentro de ti!
Das três pessoas que constituem as três metades do SER, qual delas ocupa mais espaço dentro de ti neste momento?

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