Se tivesses uma voz dentro de ti, que tudo o que te dissesse era certo, sem margem para qualquer erro, certamente que lhe davas todo o crédito. Essa, seria a direcção do foco.
Se essa mesma voz, neste preciso momento, te dissesse que estás apenas a uma curta distância de conseguires o que queres, desistias?
Essa voz chama-se intuição e é o nosso guia mais poderoso. Quando tudo falha é a ela que recorremos. Se tens essa ferramenta dentro de ti, o que é que te leva a não a usares de uma definitiva?
O facto de ela ser subjetiva e, nós, preferimos a noção de objetividade, leva-nos a não lhe dar o devido crédito.
Repara que eu disse “noção”. Essa noção traz-nos segurança.
Aqui está a grande diferença entre a mente subconsciente e a mente consciente.
A intuição não necessita de elementos de avaliação para nos dar uma conclusão. Ela faz parte do nosso lado espiritual, de estarmos ligados a um todo através do campo energético, unicidade.
Ao contrário da nossa mente consciente, que, através dos nossos cinco sentidos perceciona o mundo, faz uma análise lógica e dá-nos uma conclusão.
Quando o fazemos, estamos a enviar uma mensagem muito forte ao nosso subconsciente. Ele por sua vez, vai ampliar essa mensagem e enviá-la de volta ao consciente, à mente racional, sugestionando-a para que se concentre em referências de que de facto as coisas não estão a correr como deviam.
Quando imprimes um documento e ele contém um erro, a impressora corrige? Não, ela dá-te exatamente aquilo que tu enviaste. A nossa mente consciente é o computador, o nosso subconsciente, a impressora.
O nosso subconsciente é como um quarto escuro. Ele é totalmente neutro e está disposto a considerar qualquer hábito como adequado, seja considerado bom ou mau para nós.
Se assumirmos conscientemente que uma coisa é verdadeira, mesmo que seja falsa, o nosso subconsciente aceitá-la-à como sendo verdadeira e passará a criar os resultados que terão necessariamente de se verificar. O nosso consciente assumiu que ela era verdadeira.
O que escrevemos no interior será vivenciado no exterior.
A melhor parte é que conseguimos programar o nosso subconsciente através das perguntas que fazemos a nós próprios e dos nossos pensamentos. É aqui que entra o coaching.
A grande maioria das pessoas, não imagina o quanto está próximo de realizar os seus objetivos e já perto, desiste. Tudo porque as mensagens que estão a enviar para o seu subconsciente são traduzidas por este como sendo verdadeiras.
A partir desse momento, bloqueiam o seu próprio bem, impregnando a sua vida de carências, limitações e frustrações.
Assim, podemos dizer que… Nós escolhemos o nosso estado e com isso, o nosso destino.
Imagina que te sentes extremamente equilibrada, tranquila, serena, calma e descontraída. À medida que continuas a prestar atenção a isso, à medida que vais construindo essa imagem várias vezes ao dia, durante muitos dias, começas a adotar um novo comportamento.
Começas a viver esses estados de tranquilidade, calma e descontração sempre que algum acontecimento te incomoda, recorres a eles, inicialmente, de uma forma consciente, com algum esforço. No entanto com o passar do tempo, esses estados começam a surgir de forma automática, sem que faças nada para que isso aconteça. Quando isso acontece significa que o teu subconsciente respondeu à tua ordem.
A isto chamamos foco, o sítio para o qual direcionas a tua atenção. O teu subconsciente vai direcionar a tua atenção consciente consoante a informação que lhe envias. Se achas que não tens capacidades para determinada tarefa, que as pessoas não gostam de estar contigo, que não és bem-sucedida, garanto-te que o teu subconsciente vai buscar todas as referências que sustentem a informação que conscientemente lhe enviaste.
Como é que podes direcionar o teu foco para o que realmente importa e te potencia?
Através do padrão de perguntas que fazes a ti própria.
Já paraste um pouco para reparar que tipo de perguntas fazes e que respostas obténs?
Normalmente direcionamos o nosso foco, a nossa atenção, para o que nos falta. Ao fazer isso, não criamos o espaço mental necessário para que a intuição nos indique o caminho, a solução. O nosso foco, está constantemente direcionado para o que não queremos, ou para o receio daquilo que possa acontecer.
Para onde direcionas o teu foco?
Para aquilo que podes controlar, ou para o que não podes controlar?
Para o que tens, ou para o que te falta?
Para o passado, presente ou futuro?
Se responderes honestamente a estas perguntas, elas irão revelar o teu padrão. Focarmo-nos nas variáveis que estão para além do nosso controlo, são um desperdício de tempo, de pensamentos, de emoções e retiram a nossa clareza mental.
Fábio Alexandre Costa